Aprender continuamente é um processo, e assim como qualquer outro, necessita de planejamento e organização. Veja essas dicas para o seu Lifelong Learning!
A necessidade de manter-se atualizado não é mais novidade. Aqui no blog já conversamos um pouco sobre a importância da Educação Continuada (lifelong learning). Mas por onde começar? Como fazer para organizar essa jornada e torná-la mais prazerosa, sem estresse e sem traumas?
Bom, uma fórmula milagrosa não existe. Mas vou compartilhar aqui algumas dicas que vem me ajudando bastante nesse processo de aprendizagem contínua.
1. Olhe para você e ao seu redor e entenda as suas necessidades!
Depois que você já entendeu a importância de estar aprendendo e buscando novos aprendizados, vamos entender agora o que você está buscando. O processo de aprender continuamente é um caminho muito longo, que vai se modificando constantemente, então é super importante se perguntar sempre sobre as suas necessidades. E nesse ponto vale lembrar que aquilo que você busca pode estar muito além de competências técnicas ou voltadas exclusivamente para uma atividade muito específica.
Você pode explorar aspectos mais comportamentais que serão o fio condutor para alguma prática, ou quem sabe até aprender novas habilidades, como um novo idioma ou aprender a cozinhar, por exemplo. Busque conexões que talvez você não buscaria e mantenha seu olhar aberto. O importante é bater esse papo sincero com você mesmo e descobrir o que você quer ou precisa aprender.
2. E vamos de planejamento!
Como uma boa administradora que sou, não podia deixar de falar sobre planejamento 😛. É aqui que nosso processo vai ganhar forma! Agora que você já sabe o que está buscando, faça conexões entre conceitos diferentes e vá ampliando o seu leque. Por exemplo, atualmente trabalho com gestão de projetos. Além dos conhecimentos técnicos sobre metodologias e ferramentas da área, tenho explorado muitos conceitos sobre gestão de pessoas, trabalho em equipe, processos de comunicação, pois todos estes itens estão no meu raio de interesse e vão me auxiliar nas minhas necessidades atuais.
Uma boa ferramenta que indico para essa construção são os mapas mentais. Eles possibilitam que você organize informações e crie conexões entre conceitos de uma forma bem visual. Isso vai te ajudar a ter um plano bem amplo do caminho que você quer percorrer e às vezes descobrir outros pontos que também são interessantes de serem explorados.
A visualização não linear que o mapa mental cria é interessante, pois transmite uma ideia de que você pode percorrer seu próprio caminho, e como essa ferramenta cria um desenho flexível, ela vai te acompanhar durante toda a sua jornada. Então, nada de se apegar ao que você vai construir! A aprendizagem é contínua e vai se modificando. Sempre que necessário faça novas inserções ou retire algo que talvez não faça mais sentido.
Existem muitas maneiras de criar um mapa mental. Se você é mais adepto de ferramentas online existem várias opções disponíveis gratuitamente na internet. Mas se você é da turma do faça você mesmo, então papel e muitas canetas na mão para tirar as ideias da cabeça.
E o mais importante dessa dica: Planejamento não é para ficar guardado numa gaveta, hein?! Coloque sua construção em um local bem visível para que você não esqueça o que está buscando.
3. E agora? Quais as prioridades?
Agora que você já está com seu planejamento montado é hora de elencar as prioridades.
Enxergue no seu planejamento aquilo que é mais importante no momento para você. Busque entender qual dos pontos do seu levantamento vai te dar mais estrutura para prosseguir com os próximos passos, qual item pode te ajudar a resolver uma questão no seu trabalho ou até mesmo na sua vida pessoal. Identificou por onde começar? Agora é entender onde buscar essas informações.
4. Selecione os materiais
Selecionar o conteúdo é um dos passos mais divertidos, porém mais desafiadores. Estamos o tempo inteiro sendo bombardeados por várias plataformas e conteúdos diversos, então aqui é importante entender:
- Quais formatos você mais se interessa e mais te motivam.
A aprendizagem não deve ser um processo chato. Busque formatos convidativos e interessantes. Sejam podcasts, livros físicos ou virtuais, cursos longos ou curtos, presenciais ou a distância, gratuitos ou não, aplicativos, vídeos, blogs, lives, filmes, eventos… As possibilidades são inúmeras. Então, sem desculpas. - Busque fontes confiáveis.
Na vastidão das fontes de informações selecione aquelas confiáveis. Busque por indicações de amigos, avaliações na internet e diferentes opiniões. Nada de perder investimento de tempo ou financeiro em algo que não era o esperado. - Mantenha a mente aberta.
Além das fontes mais “tradicionais”, a aprendizagem pode surgir de experiências, momentos de conversa, da sua rede de contatos…
A ideia é compreender a importância de estar em ambientes que estimulem a aprendizagem, onde você pode aprender e também ensinar o que sabe.
5. Seja flexível e tenha momentos de pausa
O passo agora é: Faça no seu tempo e dentro dos seus limites! Não crie planejamentos e metas rígidas que vão te deixar desmotivado se você não cumprir à risca. Organize as atividades dentro do seu momento, encaixando na sua rotina e no seu estilo de vida. Nada de ficar assistindo milhares de lives ou se inscrever em vários cursos que você não consegue nem iniciar.
Ah! Por último, mas não menos importante. Não se esqueça dos momentos de ociosidade ou das atividades de lazer. Eles são importantes para fixarmos o que temos aprendido, ajudar o nosso cérebro a fazer novas conexões e ter os nossos momentos de “Eureka!”. Afinal de contas, foi sentado embaixo de uma árvore e vendo uma maçã cair que Newton descobriu a gravidade 🍎.